O Convite (The Invitation)
Sou meio suspeito para falar, pois adoro um bom filme de suspense. E o que temos aqui, é um louvável exemplar desse gênero. Trata-se do filme "O Convite (The Invitation)", que você pode conferir no catálogo da Netflix.
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Sim, eu sei o que você está pensando... E NÃO, não é o Tom Hardy. |
Falar desse filme, no entanto, é muito complicado. Pois este é um daqueles longas que quanto menos você souber, melhor. O que posso dizer da trama é que o protagonista, Will, (interpretado pelo ator Logan Marshall-Green - isso, você leu corretamente, NÃO É O TOM HARDY!), recebe um convite de sua ex-esposa, Edden (Tammy Blanchard), que ele não vê há dois anos, para um jantar na antiga casa onde viviam. Will então decide levar sua nova companheira ao evento. Chegando lá, ele se depara com alguns amigos do casal e com o novo companheiro de sua ex-esposa, David (Michael Huisman, de Game of Thrones), que ela conta ter conhecido durante uma viagem.
Logo de cara, o espectador já percebe que existem alguns fantasmas do passado, referentes ao trauma que levou à separação do casal, que ainda não foram superados por Will. Então, chegam mais dois convidados ao jantar, amigos de Edden e David, e o clima de tensão só vai crescendo.
Pronto! Qualquer coisa que eu revele além disso, pode estragar de alguma forma a experiência do filme. Posso afirmar, no entanto, que é um dos melhores suspenses que eu vi nos últimos anos. Vale ressaltar também que este não é um filme frenético e acelerado. O roteiro vai desenvolvendo aos poucos as distintas personalidades dos personagens e dando tempo de tela para você conhecer melhor cada um deles. Trata-se mais de um suspense psicológico. As informações são dadas a conta-gotas ao espectador e o filme te prende justamente por isso.
A todo momento o espectador é levado a acreditar que de fato tem alguma coisa errada acontecendo. Então, logo depois, acontece alguma cena que refuta sua teoria. E você vai ficando cada vez mais desconfortável e inquieto com cada revelação dada e com cada atitude de Will. Até que chega um ponto que você começa a se questionar se realmente há algo de errado ali, ou se tudo não passa de paranoia. Uma verdadeira montanha-russa de tensão, do tipo que te deixa ansioso e desconfortável até mesmo nos momentos despretensiosos e de calmaria, porque no fundo, você sabe (ou espera?) que algo está por vir.
É um longa matador, que brinca com as suas expectativas, te prende e te deixa na ponta da poltrona à espera da conclusão libertadora daquele jantar inocente e desconfortável.
Altamente recomendável para os amantes de um ótimo suspense, bem-escrito, com atuações competentes e tensão crescente.
Nota 4/5 - Muito Bom!
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