Kingsman: O Círculo Dourado
Muita gente se pergunta o que faz um filme ser bom ou não. Particularmente, eu carrego comigo um único critério de avaliação para definir essa resposta. Antes de assistir a algum filme, eu me pergunto qual é a proposta dele, com o objetivo de não ser injusto com uma obra ao avalia-la mal ou incorretamente. Posteriormente, depois de assistir, eu me faço outra pergunta: o filme cumpriu sua proposta? E a resposta para esta pergunta é o que define, para mim, um filme bom ou ruim.
No caso de Kingsman, como não poderia deixar de ser, esse critério também foi aplicado. Já tinha visto o primeiro filme, de coração aberto e sem saber o que esperar. E o resultado foi surpreendente. Agora, com a continuação, eu já sabia o que esperar. E saber o que esperar, pode parecer uma coisa básica ao se assistir um filme, mas é um fator primordial que pode te preparar para a satisfação ou frustração.
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"It´s not a rope. It´s a LASSO!" |
"Kingsman: O Círculo Dourado" é um ótimo exemplo de "filme-pipoca", com cenas de ação mirabolantes e de encher os olhos, amarradas por um roteiro convencional e protocolar. Isso é ruim? Definitivamente, não (se você souber o que lhe aguarda)!
Não tem sentido algum julgar Kingsman com o mesmo peso de um 007, ou de um filme policial sério. Vejo algumas pessoas criticando arduamente o filme e o seu descompromisso com a realidade, mas esse raciocínio, para mim, só pode partir de espectadores que foram assistir o longa esperando algo que ele não é.
Se você for ao cinema esperando cenas de ação que lhe proporcionam uma orgia visual, planos-sequência de tirar o fôlego, uma trilha sonora pop e marcante, atores à vontade e claramente se divertindo em seus papéis e um filme extremamente dinâmico, certamente não sairá desapontado, pois o longa te oferecerá tudo isso e muito mais!
As expectativas de quem assistiu o primeiro filme (e curtiu, claro) eram altas. E embora aqui não tenhamos nenhuma cena impactante como a da igreja, há uma sequência de luta no final que também deixará os espectadores boquiabertos.
Colin Firth continua impecável em sua personificação do gentleman, Galahad. Taron Egerton também está confortável como Eggsy e o Merlin de Mark Strong ganha ainda mais destaque do que no primeiro filme. Aliás, falando em destaque, o ator Pedro Pascal rouba as cenas em que aparece, interpretando o agente da Statesman, Whisky. A vilã Poppy, de Juliane Moore, também consegue divertir.
Mas há uma grande falha no filme: não saber aproveitar devidamente atores de ponta como Channing Tatum e Jeff Bridges, ambos com bastante destaque nos trailers e quase nenhum destaque na trama. Por outro lado, temos a ilustre presença de um ícone da música pop, de uma forma que você nunca viu antes, eu garanto!
No fim das contas, tudo na vida gira em torno das expectativas e de saber o que se esperar. E se o que foi descrito nesta crítica for o que você espera de "Kingsman: O Círculo Dourado", então - assim como os elegantes ternos dos agentes - este filme foi feito sob medida para você!
Nota: 4/5 - Muito Bom!
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