Liga da Justiça
Logo de cara, já aviso: se você está procurando uma crítica imparcial, não encontrará aqui. O que posso dizer é que, como nerd, amante de HQs, dos heróis da DC e do desenho da Liga da Justiça, espero há 29 anos por este filme. Portanto, minhas expectativas estavam mais altas do que o voo do Superman. E me agradar, não seria uma tarefa fácil.
Assisti ao filme na pré-estreia e por mais altas que estivessem as minhas expectativas, não estava preparado para a deliciosidade que é a mais nova obra de Zack Snyder. Aliás, é exatamente por aí que eu gostaria de começar a minha análise: muito se falou sobre o fato de Snyder abandonar o projeto, por motivos pessoais e sobre Joss Whedon (de Vingadores) assumir o comando. Uma parcela dos fãs, que critica os filmes do diretor na DC, apoiou a ideia, dizendo que poderia "salvar" o universo da editora nos cinemas. Outra parte - a que venera Snyder - ficou receosa com a possibilidade de Whedon "Marvetizar" o filme.
O resultado? Posso dizer que este é um filme que transpira o estilo de Snyder do primeiro ao último minuto. Desde as primeiras cenas, com uma introdução que referencia Watchmen, fazendo uso de uma trilha melancólica, agregada a imagens poderosas em câmera lenta, nós já vemos a mão visionária do diretor. Whedon de fato finalizou o longa com maestria e o trabalho não poderia estar em melhores mãos, mas a assinatura do projeto, é de Zack Snyder.
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O vilão, tão criticado, tem imponência e é um oponente à altura da Liga. |
Algumas críticas também apontaram o vilão de Liga da Justiça como o ponto fraco da produção. E nessas horas eu me pergunto se os críticos viram o mesmo filme que eu. Temos aqui um vilão com presença, um proposito bem definido, e responsável por algumas das cenas mais memoráveis do filme. Para completar, a dublagem de Ciarán Hinds dá alma e imponência ao Lobo da Estepe, tratando-se de um desafio à altura do grupo de heróis. Precisava de mais alguma coisa?
Em relação ao tom do filme, trata-se do trabalho mais leve e mais bem-humorado da DC. Porém, esse humor serve ao propósito do filme. Ele trabalha a favor do roteiro, não é infantilizado, não é fora de hora e não denigre a inteligência do público. Sei que serei acusado de ser implicante ou fanboy da DC. A verdade é que também gosto da Marvel, mas a imbecilização de alguns roteiros da editora nos últimos trabalhos cinematográficos, por vezes beira a vergonha.
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Sim, eu chorei. |
O filme, no entanto, possui duas falhas: os efeitos no famoso "bigode do Superman", é uma delas. Para quem não sabe, o intérprete do Homem de Aço, Henry Cavill, foi chamado para gravar cenas adicionais de Liga da Justiça, porém ele estava com um bigode devido as gravações do novo Missão Impossível e um contrato o impedia de removê-lo. Logo, restou à pós-produção ter que depilar digitalmente os pelos faciais do ator. E fica bem claro quais foram as tomadas adicionais, pois a boca de Cavill está meio deformada nesses momentos, o que pode causar estranheza no espectador.
Mas o principal defeito do filme, obviamente, é o fato de não termos meia hora ou uma hora a mais de projeção. Quando a obra termina, você fica pensando "como assim? Já? Eu quero mais!".
Por fim, Liga da Justiça é o filme mais épico, alucinante, leve e divertido da DC até agora. Sem dúvidas entra para o Hall dos grandes filmes de super heróis da história do cinema e nos deixa ansiosos para o que está por vir nos futuros longas da editora.
Mais do que isso, graças à Liga da Justiça, nós, amantes dos filmes de heróis, podemos olhar para os céus com esperança de um amanhã maravilhoso!
Nota: 5/5 - Excelente!
Brilhante Gui!!! Preciso assistir!!
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